Professora aposentada de 79 anos cria PEC que corta gastos dos políticos e envia a proposta ao governo

 

 

Imagem: Agência Brasil

Da Redação | A professora aposentada Minervina B Leite enviou através de carta aberta ao presidente Michel Temer uma proposta de PEC que corta gastos dos políticos e burocratas dos três poderes. “Vou provar ao presidente que é possível fazer economia sem passar a tesoura nas verbas da saúde e educação, bem como nos salários dos servidores públicos de todo o país”, declarou. Dona Minervina tem 79 anos e atuou como professora de matemática por mais de duas décadas na Rede Estadual de Educação da Bahia.

Eis a proposta enviada:

Excelentíssimo Senhor Michel Temer, Presidente da República,

Dado que o senhor, desde que assumiu ilegitimamente o governo, só fala em cortar gastos públicos em saúde, educação e salários do funcionalismo do país, proponho que assuma a proposta de PEC que apresento abaixo. Mas não gaste dinheiro em banquetes para tentar aprová-la. Faça mesmo por Medida Provisória com validade de 20 anos.

Artigo 1º: Este Projeto de Emenda à Constituição regulamenta o teto salarial de todos os ocupantes de cargos eletivos no país do Legislativo e Executivo, bem como dos mais altos mandatários do Judiciário e demais burocratas comissionados destes três poderes.

Parágrafo Unico: O teto salarial de governadores, presidente da república, vereadores, deputados, senadores, ministros, juízes, desembargadores e demais burocratas de que trata o caput do artigo acima deve ser pago de acordo com a Lei Federal 11.738/2008, que instituiu o piso nacional dos professores.

Artigo 2º: Quaisquer vantagens além do teto salarial estabelecido ao pessoal enquadrado no Art. 1º devem ser calculadas com base no que é concedido aos profissionais do magistério da educação básica pública de estados e municípios.

Parágrafo Único: Por vantagens, entenda-se auxílio-transporte, merenda parlamentar ou outras.

Presidente, análise preliminar feita por mim indica que, só com cortes de mordomias e altos salários na Câmara dos Deputados, é possível economizar mais de R$ 700 milhões em apenas um ano. Por isso, leia essa proposta de PEC com atenção, por gentileza.

Minervina B Leite

Salvador, 18 de outubro de 2016

Leia mais: http://www.midiapopular.net/news/professora-aposentada-de-79-anos-cria-pec-que-corta-gastos-dos-politicos-e-envia-a-proposta-ao-governo/#.WAqAUv_3vWw.facebook

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Nota da autora: Mais sobre o “GÓPE” (como gostam de dizer o pessoal da Direita sobre o pessoal da Esquerda), pois é…

Depois vou descobrir como se escreve golpe em alemão?

No Parlamento alemão, impeachment de Dilma é chamado de golpe e conspiração

Wolfgang Gehrcke

Wolfgang Gehrcke: derrubada de Dilma foi um golpe

O Bundestag (Parlamento alemão) debateu na quinta-feira 20 o processo de impeachment de Dilma Rousseff, com base numa moção apresentada pelo partido A Esquerda, que pede ao Legislativo que repudie a cassação da ex-presidente.

O deputado da legenda A Esquerda Wolfgang Gehrcke abriu o debate e classificou de golpe o impeachment de Dilma. “O novo presidente, que considero ilegal, anunciou primeiramente o congelamento das despesas públicas por 20 anos e, dessa maneira, economizará com educação e direitos sociais mais de centenas de bilhões”, destacou, acrescentando que a medida atingirá principalmente os mais pobres e necessitados.

Ao discursar pela União Democrata Cristã (CDU), mesmo partido da chanceler federal Angela Merkel, Andreas Nick ressaltou a crise econômica no Brasil e a importância do país com parceiro da Alemanha, inclusive durante os governos do PT.

O parlamentar lembrou que Dilma perdeu a popularidade entre os eleitores no Brasil e a base no Congresso, o que justificaria o seu afastamento em países como a Alemanha.

Nick reconheceu, porém, que os crimes que justificaram o impeachment são controversos, “mas o Bundestag não é o lugar apropriado para um seminário avançado sobre a Constituição brasileira”, afirmou, sob aplausos dos deputados da CDU presentes na sessão. O parlamentar ressaltou que não cabe ao governo alemão assumir a função do Supremo Tribunal Federal e que a decisão do Congresso brasileiro deve ser respeitada.

Em seu discurso, o deputado do Partido Verde Omid Nouripor lembrou que o governo de Dilma cometeu muitos erros, mas ressaltou que, durante os anos que o PT esteve no poder, houve muitos avanços, como no combate à pobreza e em direitos para as minorias.

“Todos esses avanços estão em jogo com o novo governo”, disse Nouripor. “Não vou usar a palavra golpe, mas com certeza [o impeachment] foi uma conspiração motivada politicamente.”

O deputado afirmou que, em sua visão, o Brasil enfrenta a retomada do poder pelas antigas elites. “Isso se percebe na própria constituição do gabinete do novo governo, formado apenas por homens brancos e velhos, sem nenhuma mulher e nenhum indígena”, reforçou.

Omid Nouripour

Omid Nouripour: remoção de Dilma tratou-se de conspiração política

O último a discursar foi Klaus Barthel, do Partido Social-Democrata (SPD), que também classificou de golpe a destituição de Dilma. “Um impeachment só é possível quando o presidente cometeu um crime grave, mas esse foi um processo conduzido por interesses políticos”, disse.

“Dilma Rousseff é muito mais íntegra do que maioria daqueles que foram contra ela”, afirmou, ressaltando que Eduardo Cunha, o arquiteto do impeachment, foi preso nesta quarta-feira. Barthel também criticou o papel de empresas alemãs no Brasil, que se animaram com a possível diminuição dos direitos trabalhistas no país.

Com a maioria dos deputados a favor da moção da legenda A Esquerda, o requerimento foi enviado para ser avaliado pela Comissão de Relações Exteriores do Bundestag.

http://www.cartacapital.com.br/politica/no-parlamento-alemao-impeachment-de-dilma-e-chamado-de-golpe-e-conspiracao