Discurso Sobre a Servidão Voluntária

Cultura Brasileira: no ar desde 1998

Discurso Sobre a Servidão Voluntária

Etienne de La Boétie

Clique sobre a imagem se você prefere comprar o livro em formato papel. Mais dicas de leitura ao final desta página

Palavras iniciais

Etienne de La Boétie morreu aos 33 anos de idade, em 1563. Deixou sonetos, traduções de Xenofonte e Plutarco e o Discurso Sobre a Servidão Voluntária, o primeiro e um dos mais vibrantes hinos à liberdade dentre os que já se escreveram.

Toda a sua obra ficou como legado ao filósofo Montaigne (1533 – 1592), seu amigo pessoal que, diante de uma primeira publicação – pirata – do Discurso em 1571, viu-se obrigado a se pronunciar a respeito da Obra, que procura minimizar em seus efeitos apodando-lhe o epíteto de “obra de infância” e “mero exercício intelectual”. Montaigne, com todo o seu inegável brilho intelectual, era um Homem do Estado e disso não escapava.

Entre muitos pontos importantes e relevantes do Discurso em si, ressalta-se:

_ O poder que um só homem exerce sobre os outros é ilegítimo.

_ A preferência pela república em detrimento da monarquia.

_ As crenças religiosas são frequentemente usadas pelas monarquias para manter o povo sob sujeição e jugo.

_ Etienne de La Boétie afirma no Discurso a liberdade e a igualdade de todos os homens na dimensão política.

_ Evidencia, pela primeira vez na história, a força da opinião pública.

_ Repele todas as formas de demagogia.

_ Incursionando pioneiramente pelo que mais tarde ficará conhecido como psicologia de massas, informa da irracionalidade da servidão, desde o título provocativo da Obra, indicada como uma espécie de vício, de doença coletiva.

O Discurso, que no século XVI Montaigne considerava difícil prefaciar, hoje em dia é ainda tristemente atual.

O ser humano encontra-se em amarras auto-infligidas por toda a parte. Como dizia Manuel J. Gomes, importante tradutor de La Boétie para o português:

“Se em 1600 era tarefa difícil escrever um prefácio a La Boétie, hoje não é mais fácil. Hoje como nos tempos de La Boétie e Montaigne, a alienação é demasiado doce (como um refrigerante) e a liberdade demasiado amarga, porque está demasiado próxima da solidão. E da loucura.”

Nota: Para download desta obra nos formatos PDF ou RTF, vá até aqui http://www.culturabrasil.org/boetie.htm

3 comentários sobre “Discurso Sobre a Servidão Voluntária

  1. Tempos difíceis que se arrastam por séculos. Hoje a servidão humana moderna é mais que uma triste realidade. Acredito que de alguma forma vendemos nossas liberdades e individualidades por um pouco de aceitação. Muitos querem fazer parte de um todo que nem sempre é conhecido por quem escolhe. Boa matéria minha cara. Saudades

    Curtido por 1 pessoa

Deixar mensagem para corvusday Cancelar resposta